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Matéria sobre Aplicativos de Celular para Pessoa com Deficiência no jornal O Estado de Minas

terça-feira, 3 de setembro de 2013
Descrição da imagem: Recorte da reprodução do site do Estado de Minas, na qual está escrito LOUCOS POR APPS. Abaixo o logo do aplicativo PDF em Fala e o trecho da matéria que está reproduzida no corpo desse post. Fim da descrição

Gosto muito desse espaço, embora não escreva com tanta frequência quanto nos meus demais blogs. Acredito, piamente, que ele tem ajudado pessoas a usar, de maneira mais dinâmica, seus dispositivos. Pessoas com e sem deficiência. Em função disso, dia desses, recebi um convite para servir de fonte para uma matéria no Jornal O Estado de Minas e falar sobre essa minha experiência como testadora de aplicativos. Fico bastante contente de ser uma referência no assunto afinal, o trabalho feito aqui é com carinho e dedicação.

Reproduzo um trecho da matéria que, para conferir ela completa, é só clicar aqui.

No ano passado, a jornalista e fã de tecnologia Cler Oliveira, de 37 anos, foi procurada pelo amigo Fernando, que então tinha se tornado deficiente visual, para lhe dar uma mãozinha com o tablet que havia ganhado da namorada. Ele precisava de um leitor de tela para usar o aparelho. Cler procurou e a primeira opção que achou era muito cara, cerca de R$ 200. Mesmo assim, baixou a versão de demonstração e, vendada, testou o aparelho. A surpresa foi grande quando ela percebeu que era impossível realizar atos básicos de maneira simples com a plataforma. Descobriu então um segundo programa, o Lis, que, apesar da necessidade de conhecimento em braile, seria uma alternativa. 

Vitimado por um câncer, Fernando não chegou a conhecer o software. Desde então, a jornalista resolveu fazer dos testes dos aplicativos um blog com dicas e curiosidades para poder ajudar um número maior de pessoas. Criado em janeiro, o Aplicativos para pessoas com deficiência (aplicativosparapcd.com) tem cerca de 300 visitas diárias e foi criado em janeiro. “Segundo o último censo, há 45 milhões de pessoas com deficiência no Brasil. Esse público consome tecnologia. Os desenvolvedores têm que ter um cuidado maior para criar programas para ele”, diz Oliveira. Uma amiga de Cler, que é deficiente visual, volta e meia, descobre erros de digitação com um aplicativo de audiodescrição com que confere o conteúdo do blog. 

Para ela, o grande problema é que, normalmente, os programas não dão autonomia total aos usuários com deficiência. É preciso que outra pessoa intervenha, que baixe e abra o app. Cler diz preferir o sistema operacional iOS por ter melhores configurações de acessibilidade embarcadas no dispositivos. “O programa da Apple guia você. Eu testei de olhos fechados e falei: meu Deus, quero um para mim”, conta. Já aplicativos Android, para tornarem o aparelho mais acessível, como o Talkback, precisam evoluir. A jornalista tem o hábito de enviar e-mails aos desenvolvedores com dúvidas diversas, mas são raros os casos em que têm retorno. 

Cler, que tem também outros dois blogs, diz que o Aplicativos é o seu xodó. É o único que conta com recursos de acessibilidade 2.0. Entre as ferramentas que já testou, o PDF to Speech, que permite ouvir gravação sonora de arquivos em PDF, é o que ela julga o mais completo. “Ando muito de ônibus e me canso de ler. Aí coloco o fone e vou ouvindo o livro”, diz. O Call anouncer diz o nome da pessoa e número que está ligando no seu smartphone. Segundo ela, os mais baixados são sempre as pranchas de comunicação alternativa. “Já testei vários aplicativos e alguns não prestaram para nada. Tinha um de localização, que, se o seguisse, estaria perdida”, lembra.

(trecho da matéria Empresa brasileira desenvolve aplicativos para portadores de distúrbios de linguagem e articulação - Blogueira testa e reprova programas disponíveis para o sistema Android)